O presidente Jair Bolsonaro (PSL) decidiu indicar nesta quinta-feira (5) o subprocurador-geral Augusto Aras, 60, para o cargo de procurador-geral da República, em substituição a Raquel Dodge, cujo mandato de dois anos termina no próximo dia 17. Ela poderia ser reconduzida, mas acabou preterida na disputa.
Após meses de negociações, Bolsonaro deixou de lado a lista tríplice divulgada em junho por eleição interna da ANPR (Associação Nacional de Procuradores da República) e escolheu um nome que correu por fora, de perfil conservador e que buscou mostrar afinidade com ideias do presidente.
O escolhido de Bolsonaro precisará agora ser aprovado em sabatina do Senado. O mandato é de dois anos.
A indicação foi criticada por grupos de direita em razão de declarações antigas de Aras que encamparam algumas ideias de esquerda —apesar do discurso mais recente alinhado ao bolsonarismo— e por críticas dele à Lava Jato.
Bolsonaro disse achar que está “fazendo um bom casamento”, pediu a apoiadores para darem “um tempo” a Aras e afirmou ser um “bom sinal” o fato de ele já ter sido criticado por veículos de imprensa.
“Acho que dei sorte, acho que escolhi o melhor, que estou fazendo um bom casamento. Na frente do padre, que é o Senado, para aprovar o nome dele”, afirmou.