Direita, volver! Esse comando, que até recentemente era ouvido em alto e bom som no cenário político nacional em apoio a Bolsonaro, agora só é verbalizado, timidamente, nos nichos da extrema-direita que ainda apoiam o presidente. Muitos segmentos alinhados com a direita civilizada, que defendem teses do liberalismo econômico, estão rompendo com o bolsonarismo, ávido por manter acirrado o debate radicalizado e sectarista. Militantes do Movimento Brasil Livre (MBL) e do Vem pra Rua, de partidos de centro-direita como o Novo, e representantes de categorias até então alinhadas com o presidente, sobretudo artistas, policiais e defensores da Lava Jato, estão desembarcando da canoa de Bolsonaro. “O presidente quer ter a hegemonia na direita, da mesma forma como Lula queria ter na esquerda, sufocando as lideranças abaixo dele”, resumiu o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), um dos líderes da nova direita na Câmara e que acaba de abandonar o governo