Segundo o ministério, o programa prevê dois tipos de materiais. O primeiro é um kit voltado para os pais que participarem do cantinho de leitura, com foco em famílias de baixa renda. Preparado pelo MEC, esse material já tem contratos de impressão assinados, segundo o ministro. Os números dessa contratação não foram divulgados.
O segundo material é uma coleção de livros para uso em sala de aula, nas escolas públicas de estados e municípios que aderirem ao projeto. As ilustrações ficarão a cargo do Instituto Maurício de Sousa, que também vai formular o texto em parceria com o MEC.
“[Serão] Historinhas bonitinhas, historinhas do Brasil”, afirmou o ministro Abraham Weintraub, em entrevista coletiva. “Vai ser só historinha bonitinha, fica tranquila. Folclore do Brasil… a preocupação de trazer o Maurício de Sousa é pra trazer esse ar de brasilidade. Sem doutrinar, sem nada, respeitando todas as diferenças que tem no Brasil. A gente tá lidando com criança pequena, mais cuidado ainda.”
De acordo com ele, o programa está ligado ao conceito de “literacia familiar” – um termo ligado ao método fônico, que aposta nos sons e nas sílabas como ponto de partida para a alfabetização (entenda mais sobre os métodos de alfabetização no vídeo abaixo).
Alfabetização: saiba as diferenças entre método fônico e método global
“Os pais, por meio dessas práticas, vão melhorar a compreensão dessas crianças da linguagem oral. Por meio disso, as crianças vão falar com mais clareza, e aprender a ler e escrever com mais autonomia. Para formarmos bons leitores, precisamos formar bons ouvintes”, disse Nadalim.
Apesar de usar diversos termos ligados ao método fônico, como “kit de literacia”, “consciência fonológica” e “consciência fonêmica”, Nadalim afirmou durante o evento que não aposta em uma “bala de prata” capaz de resolver o problema da alfabetização. Segundo ele, a proposta envolve uma “combinação de estratégias”.
Segundo informações divulgadas nesta quinta, a pasta diz que o guia contém informações sobre a técnica chamada de “literacia familiar”, e inclui ações como “interagir durante a contação de histórias, ler em voz alta, olhar olho no olho”.
Ainda segundo o MEC, “são gestos simples, mas capazes de influenciar significativamente no desenvolvimento intelectual já na fase pré alfabetização, antes do começo das primeiras aulas na escola”, e “meninos e meninas que são estimulados desde cedo à leitura e à brincadeira dentro de casa tendem a chegar mais aptos e habilitados nos anos iniciais do ensino fundamental”.
O material e vídeos didáticos podem ser acessados no site do MEC e, segundo o ministério, também podem ser adaptados para a sala de aula.
g1