A Lava Jato chega, à70ª fase da operação e mira contratos de afretamento de navios celebrados pela Petrobras, com responsabilidade da diretoria de Abastecimento, de acordo com a Polícia Federal (PF).
Esses contratos, conforme a PF, ultrapassam de R$ 6 bilhões.
São cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nas seguintes cidades:
- São Paulo (SP)– 1
- Rio de Janeiro (RJ) – 10
- Niterói (RJ) – 1
Segundo a PF, esta nova etapa é continuidade de investigações que remontam o começo da Lava Jato, em 2014. São apurados os crimes de corrupção de agentes públicos, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Esta fase foi batizada de “Óbolo”. Cerca de 50 policiais federais participam da ação.
Quatro empresas são alvos das buscas desta quarta-feira. São elas: Maersk, Tide Maritime, Ferchem e Gandra Brokerage, conforme a RPC apurou.
De acordo com a PF, três dessas empresas fizeram mais de 200 contratos de afretamento de navios, entre 2004 e 2015.
Os crimes investigados em contratos das empresas Maersk, Tide Maritime e Ferchem superam R$ 5 bilhões, segundo o Ministério Público Federal (MPF),
O G1 tenta contato com as empresas citadas e com a Petrobras.
A suspeita da PF é de que as empresas foram beneficiadas com informações privilegiadas da programação de contratação de navios utilizados para transporte marítimo de petróleo e derivados da Petrobras.
Dessa maneira, tiveram vantagem competitiva na captação dos negócios. De acordo com a PF, há evidências de pagamentos de propina a funcionários da Petrobras.
A PF explicou que o nome desta etapa da Lava Jato faz referência à moeda que, de acordo com a mitologia grega, era usada para remunerar o barqueiro Caronte. Era ele que conduzia as almas por meio do rio que separava o mundo dos vivos dos mortos.
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