O governador Wellington Dias anunciou que dentro de 60 dias deve enviar à Assembléia Legislativa o projeto de lei da Inovação Tecnológica. A assessoria jurídica do Governo do Estado está finalizando a minuta da legislação, considerada necessária para avançar nessa área. O anúncio foi feito após reunião com o presidente e diretores da Fundação de Apoio à Pesquisa no Estado do Piauí (Fapepi).
O órgão foi acionado para participar ativamente do desenvolvimento industrial e empresarial no estado, buscando alternativas para os gargalos enfrentados nesses setores. O plano prevê um chamamento às empresas para apresentação das dificuldades e, em seguida, buscar pesquisadores dispostos a desenvolver as respectivas soluções.
“Serão dois editais. Primeiro as indústrias apresentam suas demandas. Após lançaremos outro edital onde pesquisadores vão trabalhar naquilo. A ideia é que o próprio interessado financie a pesquisa que lhe apontará a solução”, comentou Antonio Cardoso do Amaral, presidente da Fapepi.
O governador citou áreas estratégicas de interesse do estado. “Projetos que possam dar solução ao trabalhar estudos e alternativas viáveis para áreas em que o estado tem grande potencial, como a Zona de Processamento de Exportações (ZPE), mineração, carnaúba, mel e babaçú. São áreas em que o estado tem necessidades e precisa da ciência maturar e apresentar um projeto alternativo”, pontuou Wellington.
Parque Tecnológico do Piauí
No encontro, Dias conheceu o projeto do Parque Tecnológico do Piauí, criado pela Fapepi, instituições de ensino superior públicas e privadas, além da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e a Prefeitura de Teresina. A proposta é possibilitar a concentração de empresas de base tecnológica, incubadoras de negócios, centros e laboratórios de pesquisa, gerando um ambiente favorável à inovação científica e tecnológica, vinculada ao surgimento de novos negócios.
Outro diferencial é o oferecimento de serviços especializados e benefícios fiscais para as empresas instaladas no perímetro do parque. A área de instalação ainda não está definida. O projeto do prédio prevê um investimento de R$ 1,2 milhão.
“A semente do Parque Tecnológico seria a encubadora de empresas. Ela vai abrigar as startups nascentes, inclusive as financiadas pelo edital Centelha. A incubadora permite a permanência da empresa por no máximo 36 meses, quando elas estarão maduras para cair no mercado com sede própria”, explicou Lívio Nunes, diretor técnico-científico da Fapepi.
Os recursos para construção do parque devem vir de uma articulação por emendas da bancada federal piauiense.