Nesta quarta-feira (8), Olaf Scholz se tornou o novo primeiro-ministro da Alemanha, substituindo Angela Merkel, que ocupou o cargo durante 16 anos. Ele foi oficialmente eleito pelo Bundestag – o Parlamento alemão – e a transferência de poder acontece na sequência.
Scholz teve 395 dos 736 votos dos deputados porque seu partido, o Social Democrata (SPD), foi o mais votado nas eleições parlamentares de setembro, e conseguiu uma coalizão tripla, com os Verdes e o Partido Democrático Liberal (FDP).
Olaf Scholz recebe flores após ser eleito chanceler da Alemanha no Parlamento, em 8 de dezembro de 2021 — Foto: Fabrizio Bensch/Reuters
Após a votação, Scholz, usando uma máscara, recebeu aplausos e um buquê de flores dos líderes dos diferentes grupos parlamentares do parlamento.
Após a eleição pelos deputados, o futuro chanceler foi recebido pelo presidente, que entregou a “ata de nomeação”, o que estabelece o início oficial de seu mandato de quatro anos.
Ele retornou ao Bundestag, onde prestou juramento ao cargo, antes de seguir para a sede da chancelaria para a transferência de poder.
Com a posse de Olaf Scholz, a centro esquerda retornará ao poder na Alemanha pela primeira vez desde o governo de Gerhard Schröder (chanceler de 1998 a 2005).
“Quero que estes anos signifiquem um novo ponto de partida”, declarou Scholz à revista alemã Die Zeit. Ele disse que deseja aplicar a “maior modernização industrial” da história recente, “capaz de parar a mudança climática provocada pelo homem”.
Scholz também promete um governo com política pró-Europa, com o objetivo de “aumentar a soberania estratégica da União Europeia” e defender de maneira mais eficiente “os interesses europeus comuns”.
Igualdade nos ministérios
O novo governo alemão terá pela primeira vez o mesmo número de homens e mulheres e estas ocuparão ministérios fundamentais, anunciou Scholz na segunda-feira.
“Estou particularmente orgulhoso de que as mulheres agora estarão a partir de agora à frente de ministérios que tradicionalmente não eram ocupados por elas”, declarou.
Além de Baerbock na pasta das Relações Exteriores, mulheres comandarão os ministérios do Interior, Defesa, Desenvolvimento, Construção, Meio Ambiente, Família e Educação.