O governador Wellington Dias participou na manhã desta terça-feira (22), de solenidade de lançamento das comemorações em alusão aos 200 anos de adesão do Piauí à Independência do Brasil. No período de março de 2022 a 13 de março de 2023, o Governo do Piauí fará uma série de eventos para comemorar o engajamento do Piauí na construção da Independência do País com a Batalha do Jenipapo em 12 de março de 1823.
“As comemorações que estamos abrindo hoje deverão ser feitas de forma integrada com municípios, estados e ente federativo. Já pautamos o Fórum dos Governadores do Brasil para essa comemoração e o Ministério de Relações Exteriores. Teremos uma integração especial no Nordeste brasileiro, onde tivemos recentemente uma reunião com a Embaixada de Portugal. Temos a previsão da vinda do primeiro-ministro de Portugal para o Brasil no mês de maio.”, disse o governador Wellington Dias.
Ainda segundo Dias, será um reencontro do Piauí com as suas origens, um momento histórico que envolve vários setores. “Será uma viagem à própria história e evolução daquele Piauí de 90 mil habitantes até o Piauí de hoje com 3 milhões e 300 mil habitantes”.
Um conselho foi criado para organizar o evento e conta com a participação da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), junto com outras áreas, que farão um registro histórico de momentos importantes da história da independência do Estado. Estão sendo programadas peças comemorativas, como filmes que abordam as mais diferentes visões desses 200 anos.
“Existe uma programação bem ampla, desde projetos que já estavam sendo executados, principalmente na área de construções públicas, como foi anunciado recentemente o Museu do Índio em Lagoa do São Francisco. Como também uma série de projetos relativos à recuperação da memória, o próprio monumento da Batalha do Jenipapo com a sua recuperação. O resgate da afrodescendência a partir do ensino e aprendizagem. Teremos uma programação audiovisual, coleção de livros clássicos, concursos literários, concursos de teses e dissertações”, disse o coordenador da Comissão do Bicentenário, Nelson Neri.
A programação terá ainda a criação de uma medalha específica para instituições e pessoas que colaboraram de alguma forma e estão presentes nessa história dos 200 anos da independência, totens comemorativos colocados nas cidades símbolos no processo de independência do Piauí.
Será trabalhada ainda uma agenda cultural em parceria com a Academia Piauiense de Letras, com a publicação de um conjunto de livros que falam desse momento da história que o Piauí protagonizou. “As escolas e universidades também serão integradas no sentido de aprofundamento dessas informações que enriquecem nossa história”, complementou Dias.
Para a vice-governadora, Regina Sousa, é um momento de reafirmação de identidade. “Em tempos de negacionismo mundial não podemos deixar passar nenhuma data que representa a nossa história, e essa é uma data muito significativa. Hoje nega-se tudo: a história, a ciência, a astronomia e precisamos estar recontando essas histórias para que elas se mantenham vivas. A construção desse país passou por muitas coisas boas e muitas mazelas e a população precisa saber e ter uma nova visão de nossa história”, defendeu Regina Sousa.
Segundo o deputado e secretário de Cultura, Fábio Novo, cada mês haverá uma atividade e a Secult preparou um calendário. “Agora em março abriremos o Museu das Letras no Piauí para comemorar os 200 anos do piauiês. Esse museu ficará localizado na cidade de Amarante dentro da casa de Odilon Nunes e isso completa também a revitalização do Centro Histórico daquela cidade que iniciamos com a escadaria. Haverá também a exibição de um programa de um trabalho muito importante, uma minissérie sobre a Batalha do Jenipapo que envolve artistas locais”, antecipou Fábio Novo.
Ainda de acordo com o secretário, haverá outros filmes sobre Mandu Latino, que está sendo produzido pelo ator Paulo Betti. E um filme sobre a vida de Esperança Garcia, que será interpretada pela atriz Zezé Mota. Ambos representam muito bem a história do Piauí.