Além da universalização do abastecimento de água em Teresina, alcançada em 2020, o índice de perdas saiu de aproximadamente 60% para 40%, fruto dos investimentos em tecnologia realizados pela Águas de Teresina. Antes da PPP de Saneamento, as principais dificuldades para manter o abastecimento regular na capital eram o aumento do consumo no B-R-O Bró, a topografia elevada de algumas regiões e as perdas de água. O maior empecilho para solucionar esses problemas era a limitação de recursos para executar grandes obras que expandissem e assegurassem o abastecimento. Agora, a realidade é outra.
Anualmente, a Águas de Teresina realiza uma série de ações para otimizar o fornecimento e suportar o consumo de água no período mais quente do ano, conhecido como B-R-O-Bró, que chega a aumentar até 30%. Antes da PPP e da universalização do abastecimento em Teresina, era comum a prática do racionamento de água devido à falta de estrutura para abastecer toda a população. No período mais quente do ano era feita a intermitência no abastecimento, manobra que consistia na suspensão do fornecimento de água em determinados bairros de uma região mais baixa para abastecimento de outros em uma região mais alta.
Com a PPP de Saneamento essas práticas não são mais necessárias e o abastecimento é consistente. Entre as ações já realizadas pela Águas de Teresina em anos anteriores para amenizar os impactos do B-R-O-Bró estão: a limpeza dos reservatórios, com a instalação de equipamentos reservas; a contratação de novos profissionais para o call center; a perfuração de poços com capacidade de bombear mais litros de água por hora nos bairros periféricos da cidade; e implantação de novas redes de distribuição de água para aumentar a capacidade de atendimento. A Estação de Tratamento de Água da zona Sul (ETA-Sul) também passou por uma modernização das instalações elétricas para evitar a interrupção no abastecimento.
Com investimentos, gestão e capacidade técnica operacional, a Águas de Teresina vem conseguindo acompanhar o crescimento da cidade de forma a garantir o abastecimento sustentável da população. “No período de altas temperaturas, precisamos também do apoio da população a partir do uso racional da água, evitando práticas que contribuem com o desperdício, como lavar as calçadas ou molhar o telhado da casa”, aconselha o diretor-presidente da empresa, Jacy Prado.
Com a universalização do acesso à água, o foco das ações da concessionária agora é o esgotamento sanitário. Para isso, a Águas de Teresina segue com os investimentos na zona Norte em uma ação que vai conectar mais de 3.250 residências, beneficiando cerca de 13 mil pessoas. Até o momento, já foram construídas duas Estações Elevatórias de Esgoto, implantados 5.520 m de rede coletora de esgoto e 4.351 m de linha de recalque. Ao final, a capacidade total de coleta será de 82 litros de esgoto por segundo. Tudo isso representa mais saúde pública. Até o ano de 2025, Teresina terá 67% de cobertura de esgoto, atingindo a universalização em 2033.
“O saneamento contribui diretamente para reduzir os gastos com saúde pública e doméstica. Dados do Instituto Trata Brasil apontam que a cada R$ 1 investido em saneamento, são economizados R$ 4 com saúde pública. Além disso, quando as pessoas adoecem menos, elas reduzem gastos com remédios. Seguimos com obras de esgoto pela cidade, garantindo o aumento de cobertura de 19% para quase 40% no final do ano passado. E os investimentos realizados este ano farão a cidade avançar ainda mais”, destaca Fernando Lima, diretor-executivo da Águas de Teresina.
Ccom Pi