O Piauí é o único estado da Região Nordeste que conseguiu reduzir a pobreza entre a população no período de 2019 a 2021. Nos demais estados a pobreza cresceu no mesmo período, assim como no Brasil, que registrou alta de 4,54 pontos percentuais. Os dados são do Mapa da Nova Pobreza divulgado, nessa quarta-feira (29), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) Social. São consideras pobres pela FGV pessoas com renda domiciliar per capita de até R$ 497 mensais.
A pesquisa alerta que no período, o número de pobres no Brasil cresceu em 9,6 milhões de pessoas entre 2019 e 2021, alcançando 62,9 milhões de brasileiros, ou 29,6% da população. A mudança da pobreza de 2019 a 2021 por Unidade da Federação revela que o maior incremento se deu em Pernambuco (8,14 pontos percentuais). Além do Piauí, que reduziu a pobreza em 0,03 pp, o único outro estado que também registrou queda foi Tocantins (0,95 pp).
A governadora Regina Sousa destaca que esse estudo mostra que houve um investimento por parte do estado em ações que promovem o desenvolvimento econômico dos municípios. “Isso é bom. Significa que a renda do piauiense cresceu. A gente ultrapassou alguns estados e não figura mais nessa lista dos 50 menores PIB per capita”, completa a gestora.
O estudo dividiu o Brasil em 146 estratos geográficos, dentro de todas as unidades da Federação. Nos três estratos em que o Piauí foi dividido, houve redução da pobreza na região “Baixo Parnaíba do Piauí”, de 56,05% da população em 2019 para 49,81% em 2021; e também na região Alto Parnaíba e Chapadas do Sul do Piauí (queda de 55,59% dos piauienses para 52,88%, respectivamente).
Em relação ao total da população, o Piauí foi o segundo estado da Região Nordeste com menor índice de pobreza, chegando a 45,81% dos habitantes, ficando atrás apenas do Rio Grande do Norte, que registrou 42,86% de pobres. No vizinho estado do Maranhão, por exemplo, 57,90% da população é considerada pobre.
Entre as diversas medidas para combater a pobreza e acelerar o desenvolvimento do Piauí, estão a atração de novos investimentos, com instalação de empresas, o crescimento das exportações agrícolas, a liberação de crédito para incentivar o empreendedorismo (por meio da Piauí Fomento), o apoio incessante à agricultura familiar, e também o lançamento do Cartão Sasc Emergencial e Cartão PRO Social.
O Cartão Sasc Emergencial beneficiou 15 mil famílias piauienses em 2021, com um benefício de R$ 200 durante dois meses, representante uma injeção de R$ 6 milhões na renda dessas famílias. O recurso foi 100% estadual.
Já o Cartão PRO Social, lançado em dezembro de 2021, consiste num cartão com crédito de R$ 200 durante seis meses, para 8 mil famílias vulneráveis.
“Conseguimos reduzir a pobreza, mas precisamos fazer muito mais até reduzi-la a zero ou próximo disso. Isso só será possível com ajuda do Governo Federal, pois a economia piauiense depende da brasileira”, explica a governadora.
Ccom Pi