Fiz uma retrospecção muito profunda dentro do âmago de minha alma, prescrutando a vida laboral de nossos colegas e vejo que as tribulações externas advindas de entes inescrupulosos têm abatido o psicológico, as forças físicas e espirituais, tornando muitos magistrados vulneráveis a idiossincrasias de verdadeiras víboras e escorpiões, que picam com seus venenos o que temos de mais valioso dentro de nós: o altruísmo de distribuir a justiça a gregos e troianos, sem olhar a capa do processo, o seu destinatário enfim… Muitos que aí estão (não citarei nomes), passaram pelos maiores constrangimentos morais, buscaram a força divina para ultrapassarem os obstáculos das representações vãs e ignominiosas; outros, não tiveram a mesma fortaleza, caíram no pranto do desencanto , “a latere” até mesmo dos mais próximos, adoeceram, se acamaram, perderam o elã da sacra profissão de julgar e foram entregues pelos títeres até mesmo ao sacrifício da morte!
Sabemos todos nós, que em qualquer sociedade humana, “errare humano est”, mas deveremos discernir o erro não premeditado, não doloso, não vil, aquele erro que se pensa conscientemente que ele é uma verdade, fruto de uma especulação hermenêutica que pode ser reajustado, consertado, nas instâncias criadas exatamente para tal finalidade!
Existem juízes justos, existem juízes injustos, existem clérigos injustos, existem políticos injustos, também justos, mas nunca deveremos julgar os outros por amostragens ou cálculos inexatos, até porque não trabalhamos com ciências exatas… Dentro de nós, existe um edifício imortal, imaterial, invisível, chamado espírito… o corpo pode ser lesionado pela ação nefasta e irresponsável do homem que usar o poder como malefício atroz de seus inimigos, muitos gratuitos, mas essa alma intacta e inatingível que se tornou infestada por um corpo insano, terá nos umbrais “pós mortem” a garantia de ajustar suas contas pelas maledicências insanas praticadas neste planeta de ódio, dissabores, dissensões, poderes , guerras ! Des BRANDAO de CARVALHO