Oito dias após aprovar o primeiro teste para diagnóstico de varíola dos macacos, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o registro para o segundo produto voltado para diagnóstico da varíola dos macacos no Brasil. Assim como o anterior, o teste é produzido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O segundo teste tem como objetivo diagnosticar in vitro o vírus e realizar a identificação da cepa WA circulante, a partir de amostras obtidas de lesões na pele. Para conceder a autorização, a Anvisa levou 46 dias para analisar uma série de requisitos técnicos dispostos na Resolução (RDC) 36/2015. De acordo com a autarquia, foram atendidas todas as exigências, e o registro foi publicado no Diário Oficial da União. “A Anvisa reforça a importância do diagnóstico oportuno em termos de conduta dos casos confirmados, a fim de evitar-se a disseminação viral. Ademais, no cenário de limitação dos recursos terapêuticos e preventivos, faz-se imprescindível o diagnóstico acurado dos casos de Monkeypox para avaliação adequada dos critérios de elegibilidade para acesso a medicamentos e/ou vacinas para combate à infecção. A agência segue comprometida com a disponibilização de produtos seguros e de qualidade, que atendam aos fins a que se destinam, contribuindo na promoção e proteção da saúde da população”, declarou o órgão.
A disponibilização do produto no mercado fica sob a responsabilidade da Fiocruz. Desde o início do surto da varíola dos macacos, foram notificados 41 mil casos confirmados, distribuídos entre 96 países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, até 19 de agosto, havia 2.893 casos. Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, cerca de 50 mil vacinas adquiridas pelo ministério para combater a doença devem chegar ao Brasil na última quinzena de setembro. Ela será utilizada em pessoas que lidam com materiais contaminados e grupos de risco específicos.