Com 79% das urnas apuradas, o petista já contabiliza mais de 827 mil (56%) votos válidos contra 628 mil votos (42%) do candidato do União Brasil, Sílvio Mendes. Com a vitória de Rafael Fonteles, o Partido dos Trabalhadores mantém a hegemonia de 19 anos no poder.
Filho de um dos fundadores do PT no estado, Fonteles teve como aliado o ex-governador Wellington Dias (PT), eleito em quatro mandados, e com apoio do ex-presidente Lula.
Na campanha, o desafio foi tornar Rafael conhecido no estado. Mesmo com a projeção nacional de ser o presidente do Comsefaz (Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos 27 Estados), por dois mandatos, Rafael era desconhecido no Piauí. A campanha focou na rede social, o corpo a corpo na rua e o programa eleitoral na TV e Rádio. Outra missão da campanha foi atrelar Rafael a imagem do ex-presidente Lula.
Rafael Fonteles garantiu que na reta final da campanha cerca de 80% da população piauiense já tinha conhecimento que ele é o candidato do Lula.
O principal adversário político do petista foi o ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (União Brasil). O grupo oposicionista teve como aliado o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. A chapa de Sílvio tem como vice a ex-mulher de Ciro Nogueira, Iracema Portela (Progresistas).
Rafael Fonteles nunca disputou cargo eletivo e tem experiência na iniciativa privada. É bacharel em Matemática pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), curso concluído aos 19 anos.
É Mestre em Economia Matemática pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA-RJ), concluído aos 21 anos. Premiado em Olimpíadas Internacionais de Química (2002), Física (2002) e Matemática (2004) na Holanda, Indonésia e Macedônia, respectivamente.
Foi professor de Matemática do Instituto Dom Barreto. Foi secretário estadual da Fazenda do Piauí de janeiro de 2015 a 31 de março de 2022, e coordenador do PRO-Piauí, o maior programa de investimentos do governo estadual, movimentando mais de R$ 4 bilhões.
A candidatura de Rafael Fonteles uniu a ala governista com apoio do PCdoB, PV, MDB, PSD, Solidariedade, PSB, Pros e Agir.
Ao ser eleito, aponta como prioridade a geração de emprego e renda, ampliação de escolas por tempo integral, combate as facções criminosas e melhorar a qualidade do serviço público.
No Piauí, disputaram nove candidaturas. Dois registros foram cassados, o da Gessy Lima (PSC) e Lourdes Melo (PCO) e houve a desistência da candidatura do coronel Diego Melo (PL). Foram mantidas as candidaturas de Geraldo Carvalho (PSTU), Gustavo Henrique (Patriota), Ravenna Castro (PMN) e Madalena Nunes (Psol).
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Flash Yala Sena
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