Lula e Alckmin receberam os diplomas das mãos do presidente do TSE, Alexandre de Moraes.
A cerimônia também teve:
A diplomação é a etapa que confirma o processo eleitoral e habilita Lula e Alckmin a tomar posse como presidente e vice-presidente da República no dia 1º de janeiro.
Defesa da democracia e choro
Em discurso após receber o diploma, Lula disse que o documento pertence ao povo brasileiro que, segundo ele, conquistou o direito de viver em uma democracia.
“Esse diploma não é do Lula presidente, mas de parcela significativa do povo que conquistou o direito de viver em democracia. Vocês ganharam esse diploma”, disse Lula.
Também no discurso, Lula chorou ao se lembrar de críticas que sofreu por não ter diploma universitário (veja o momento no vídeo mais abaixo).
Lula disse ainda que exercerá seu mandato em nome da “normalidade institucional” do país e da “felicidade” do povo brasileiro.
“É com o compromisso de construir um verdadeiro Estado democrático, garantir a normalidade institucional e lutar contra injustiças que recebo pela terceira vez o diploma de presidente eleito do Brasil. Em nome da liberdade, da dignidade e da felicidade do povo”, concluiu.
Lula destacou que o resultado das eleições “não foi apenas a vitória de um candidato, de um partido”, mas de uma “verdadeira frente ampla contra o autoritarismo”.
“Hoje, na transição de governo, se amplia para outras legendas e se favorece o protagonismo de trabalhadores, empresários, artistas, intelectuais, cientistas e lideranças dos mais diversos e combativos movimentos populares desse país”, disse o presidente eleito.
Lula se emociona durante discurso de diplomação no TSE
Em seu discurso, Alexandre de Moraes afirmou que a diplomação atesta o resultado eleitoral e a “vitória plena” da democracia e do Estado de Direito.
“Vitória do respeito ao Estado de Direito, da fiel observância à Constituição. A diplomação da chapa é o reconhecimento da lisura do pleito, da legitimidade política conferida soberanamente. A Justiça Eleitoral se preparou para garantir transparência e lisura das eleições”, afirmou.
O presidente do TSE ainda criticou a disseminação de fake news, o discurso de ódio e ataques à democracia. Ele disse que os responsáveis serão punidos, para que isso não volte a acontecer.
“Essa diplomação atesta vitória plena e incontestável da democracia contra os ataques antidemocráticos, desinformação e contra o discurso de ódio proferido por diversos grupos que, identificados, garanto, serão responsabilizados, para que isso não retorne nas próximas eleições”, prosseguiu Moraes.
Geraldo Alckmin recebe o diploma de Alexandre de Moraes, presidente do TSE — Foto: Reprodução GloboNews
A mesa de honra da cerimônia foi composta pelas seguintes autoridades, além de Lula e Alckmin:
- Alexandre de Moraes
- Ricardo Lewandowski, vice-presidente do TSE
- Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado
- Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara
- Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF)
- Benedito Gonçalves, corregedor da Justiça Eleitoral
- Raul Araújo, ministro do TSE
- Cármen Lúcia, ministra do TSE
- Sérgio Banhos, ministro do TSE
- Carlos Horbach, ministro do TSE
- Augusto Aras, procurador-geral da República
- Beto Simonetti, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil
De acordo com o TSE, aproximadamente mil pessoas foram convidadas para acompanhar a solenidade.
Na plateia, estavam futuros ministros do governo Lula, como Fernando Haddad(Economia), José Múcio Monteiro (Defesa) e Rui Costa (Casa Civil).
Também compareceram os ex-presidentes José Sarney e Dilma Rousseff.