O Ibovespa operava em forte alta nesta nesta terça-feira (11), e o dólar chegou a cair abaixo dos R$ 5 pela primeira vez em mais de dois meses, após a divulgação de uma inflação mais fraca do que o esperado para março e também com o cenário externo favorável a ativos de risco
Por volta das 15h40, o principal índice acionário na bolsa brasileira acelerava a alta subia 4,25%, aos 106.153 pontos. O dólarrecuava 1,24%, a R$ 5,004 na venda.
No exterior, os principais índices de Wall Street tinham desempenho misto, mas o dólar registrava amplas perdas contra seus pares globais.
Os investidores domésticos estão digerindo os dados de março do IPCA, enquanto aguardam uma importante leitura de inflação norte-americana a ser publicada na quarta-feira (12), que pode oferecer pistas sobre a trajetória de política monetária do Federal Reserve.
No radar dos investidores ainda está a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, que deveria ter acontecido no dia 25 de março, mas foi adiada por conta de um diagnóstico de pneumonia.
Durante a viagem, Lula visa para abrir o mercado do gigante asiático para mais produtos brasileiros e ampliar os investimentos chineses no Brasil.
No mais, o mercado segue esperando novos detalhes sobre a nova regra fiscal. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é “provável” que a proposta seja apresentada ao Congresso até essa sexta-feira (14). O texto será entregue com a LDO, que deve ser apresentada até o dia 15 de abril.
Dados de inflação dos EUA
Investidores estão atentos aos dados de inflação nos Estados Unidos agendados para quarta-feira (12). Qualquer número forte deve alimentar apostas de que o Federal Reserve continuará elevando os juros em sua próxima reunião de política monetária, no início de maio.
Atualmente, os mercados futuros já precificam cerca de 70% de chance de o banco central norte-americano subir sua taxa básica em 0,25 ponto percentual.
Por outro lado, com a taxa Selic ainda em 13,75%, o Brasil segue oferecendo uma rentabilidade muito atraente para agentes financeiros externos, o que tem sustentado o real nas últimas semanas.
O Citi disse em relatório desta terça-feira que é provável que os mercados globais operem em “modo de realização de lucros” antes dos dados de inflação dos EUA, mas reafirmou seu otimismo em relação a moedas latino americanas de alto retorno — incluindo o real.
CNN Brasil