O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, chamou de “impressionante” e “chocante” que o ataque do Hamas em 7 de outubro a Israel “tenha retrocedido tão rapidamente na memória de tantos” durante uma entrevista coletiva em Tel Aviv na sexta-feira (3).
Blinken disse que viu imagens adicionais do ataque coletadas pelo governo israelense.
“Permanece quase além da capacidade humana de processar, de digerir”, afirmou Blinken.
Blinken descreveu um dos vídeos sobre o ataque do Hamas que as autoridades israelenses lhe mostraram.
“Eu vi, por exemplo, uma família em um kibutz, um pai [de] dois meninos – talvez 10, 11 anos – agarrando-os, puxando-os para fora da sala de estar, passando pelo seu quintal muito pequeno e entrando em um abrigo, segundos depois eles são seguidos por um membro do Hamas que lança uma granada naquele pequeno abrigo. E então, quando o pai sai cambaleando, atira nele. Os meninos saíram e correram para a casa deles, e a câmera da casa estava filmando tudo. E eles estão chorando. ‘Onde está o papai?’ um diz. O outro responde: ‘Eles mataram o papai. Onde está minha mãe? E então os terroristas entram, abrem casualmente a geladeira e começam a comer”, conta o secretário de Estado.
O principal diplomata dos EUA também expressou simpatia pela situação dos civis palestinos, dizendo que vê os seus próprios filhos quando vê imagens de “crianças palestinas, meninos e meninas, retirados dos destroços e dos edifícios”.
“O Hamas não se importa nem um segundo nem um pingo com o bem-estar, com o bem-estar do povo palestino”, disse Blinken.
“Usa-os de forma cínica e monstruosa como escudos humanos, colocando seus comandantes, armas e munições dentro ou por baixo de edifícios residenciais, escolas, mesquitas, hospitais.”
Blinken disse que os EUA ainda pressionam Israel para minimizar as baixas civis.
“Fornecemos a Israel conselhos que apenas os melhores amigos podem oferecer sobre como minimizar as mortes de civis, ao mesmo tempo que alcançamos os seus objetivos de encontrar e acabar com os membros do Hamas e a sua infraestrutura de violência”, acrescentou.
Cnn Brasil