Depois de um discurso inflado de recados para o Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou a aliados que não pretende mais escalar a crise com o governo.
A fala de Lira, em plenário, na presença dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foi interpretada por petistas como “inadequada e inoportuna” — termos usados, por exemplo, pelo senador Humberto Costa (PT-PE), que não escondeu desconforto com a postura de Lira ao deixar a solenidade.
O líder do PL na Câmara, Altineu Cortes (PL-RJ), ironizou a necessidade de Lira colocar em prática o discurso.
Parlamentares reclamam da falta de apoio, sobretudo da cúpula Câmara, em críticas contra operações policiais que atingiram deputados de oposição.
Apesar do tom incisivo, o entorno do presidente da Câmara acredita que não haverá “guerra” com o Planalto e defende que é preciso olhar para frente.
Arthur Lira, no entanto, ainda aguarda um encontro com presidente, que tem demonstrado maior proximidade com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Lula e Pacheco se reuniram após sessão no Congresso.
O encontro com Lira ainda não foi marcado.
CNN BRASIL