O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, afirmou à CNN, nesta quinta-feira (15), que o vírus mpox não pode ser comparado com a Covid-19 “neste momento”.
De acordo com ele, a agência não trabalha — por enquanto — com a possibilidade de adotar restrições em fronteiras, portos e aeroportos, como ocorreu durante o período mais crítico da pandemia.
Nesta quinta, a Anvisa criou um grupo interno de monitoramento e sugestão de medidas contra a mpox.
Barra Torres endossou a posição do Ministério da Saúde de que o acompanhamento do vírus não é caso de alarde.
“O que o ministério, por meio da ministra Nísia Trindade, colocou foi de maneira clara. Não temos que ter nenhum motivo de alarme neste momento. Não é razoável fazer comparações com a situação difícil que passamos na Covid-19. E temos sim que estar atentos, em alerta. É exatamente isso que o ministério propôs. Creio que devemos ter atenção e tranquilidade”, disse Barra Torres. ressalvando que a política pública é atribuição da pasta, enquanto a Anvisa se preocupa com questões regulatórias do setor.
A Anvisa foi incluída em comitê do Ministério da Saúde para lidar com o assunto e também decidiu criar um grupo à parte. A equipe possui técnicos de todas as diretorias da Anvisa e também da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária.
O grupo será liderado pelo diretor Frederico Augusto de Abreu, que cuida do setor de portos, aeroportos e fronteiras. “O grupo vai monitorar a situação e propor ações regulatórias, já que a política de saúde é do Ministério da Saúde, que é o grande gestor da saúde nacional”, afirmou.
Questionado se há uma avaliação de limitações semelhantes às aplicadas durante a pandemia, Barra Torres negou. “Não tem esse pensamento de restrição em portos e aeroportos no nosso radar, em função das informações que temos. Agora, tudo pode ser ajustado de acordo com a necessidade”, disse.
As declarações vêm após a OMS declarar a mpox como uma emergência de saúde global.
CNN Brasil