“Não podemos estacionar nosso coração nas ilusões deste mundo, nem fechá-lo na tristeza; temos de correr, cheios de alegria.”
As palavras, deixadas na última mensagem de Francisco para o mundo, ecoam na manhã desta segunda-feira (21), nos momentos após a morte do pontífice. Elas fazem parte da homília Urbis et Orbi, escrita por ele para a Páscoa.
Francisco não celebrou a Missa de Páscoa na praça no domingo (20), debilitado por conta da recuperação de uma pneumonia bilateral. Sua homília pascal foi lida pelo Cardeal Angelo Comastri, arcipreste aposentado da Basílica de São Pedro. Após o término da missa, Francisco apareceu na varanda da galeria sobre a entrada da basílica.
Homília de Páscoa
Maria Madalena, ao ver que a pedra do sepulcro tinha sido removida, começou a correr para ir avisar Pedro e João. Também os dois discípulos, tendo recebido aquela surpreendente notícia, saíram e – diz o Evangelho – «corriam os dois juntos» (Jo 20, 4). Os protagonistas dos relatos pascais correm todos! E este “correr” exprime, por um lado, a preocupação de que tivessem levado o corpo do Senhor; mas, por outro lado, a corrida de Maria Madalena, de Pedro e de João fala do desejo, do impulso do coração, da atitude interior de quem se põe à procura de Jesus. Ele, com efeito, ressuscitou dos mortos e, portanto, já não se encontra no túmulo. É preciso procurá-lo noutro lugar
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