O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Alex Campos afirmou à CNN nesta segunda-feira (29) que o certificado de vacinação contra a Covid-19 é essencial para o Brasil, sobretudo no controle das fronteiras, pois o país “não pode servir para turismo antivacina”.
“A vacina se mostrou eficaz para conter infecções, diminuir internações e conter óbitos. Estamos às vésperas das festas de fim de ano, do período de férias, e o Brasil é um país turístico. O Brasil não pode servir de turismo antivacina, de pessoas que não se vacinam em outros países e vem para o Brasil”, disse.
Passou a valer nesta segunda-feira (29) as restrições no Brasil a voos que tenham origem ou passagem por República da África do Sul, República de Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue.
A decisão tem como base o parecer da Anvisa recomendando as restrições para conter a propagação da variante Ômicron, classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma variante de preocupação, e avaliação técnica dos ministérios da Saúde, Justiça e Segurança Pública, Infraestrutura e Casa Civil.
À CNN, Campos avaliou que ter vacinas como instrumento de fronteiras é “algo urgente”. Segundo ele, a “pandemia não acabou” e o momento é de “cautela”.
“A Anvisa defende o abrimento de fronteiras com segurança sanitária. A própria medida da Anvisa não é fechamento, mas restrições a quem chega no país. Estamos falando de um protocolo avalizado pela ciência, o resultado das vacinas é estrondoso do ponto de vista da saúde pública”, afirmou.
“As pessoas querem estar ao lado de quem está vacinado, não podemos estimular que as pessoas chegam ao país sem vacina”.
Contenção do vírus
A portaria que ampara as restrições foi publicada no último sábado (27) na forma da Portaria 660, que substitui a Portaria 658, de 05 de outubro de 2021. Confira as restrições.