Serra da Capivara é único destino brasileiro apontado em lista de viagem em 2022 do jornal ‘The New York Times’
O Parque Nacional da Serra da Capivara, no Sul do Piauí, é o único destino brasileiro na lista dos 52 lugares para se viajar pelo mundo em 2022 feita pelos editores do jornal norte-americano “The New York Times”, um dos mais influentes do mundo. A publicação destacou as descobertas arqueológicas feitas na região, os museus e a beleza natural do bioma da região, a caatinga
“Claro, são as dramáticas mesas e cânions da caatinga do nordeste do Brasil, ou terras arbustivas de cactos, que primeiro chamam a atenção. Mas o que distingue este Parque Nacional de inúmeras outras paisagens brasileiras de tirar o fôlego são os restos arqueológicos e artísticos de humanos antigos que muitos pesquisadores acreditam ter chegado há mais de 20.000 anos”, diz a publicação.
O jornal chama atenção ainda para a recém-inaugurada escada, com 60 metros e 114 degraus, que permite ao visitante uma visão panorâmica do alto da Chapada Boqueirão Borges, que faz parte do circuito da Pedra Furada.
Considerado um dos cenários mais fascinantes, o Parque Nacional atrai visitantes de todo o Brasil e também do exterior pela sua formação: cânions gigantescos que chegam aos 200 metros de altura, além de belíssimos platôs.
Com 130 mil hectares e mais de 1.200 sítios com arte rupestre, pinturas que foram feitas em rochas e paredes de cavernas há milhares de anos, atrai cientistas e turistas de todo o mundo.
Os trabalhos realizados no parque pela equipe da arqueóloga Niède Guidon, presidente da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham), foram fundamentais para comprovar que os primeiros homens a chegarem na América datam de cerca de 100 mil anos.
O Parque Nacional da Serra da Capivara reúne espécies de três biomas: além da caatinga, também a Mata Atlântica e a floresta amazônica — Foto: Celso Tavares/G1
No parque é possível encontrar registros rupestres pré-históricos, especialmente as pinturas gravadas nas rochas com cenas de caça, sexo, guerra e outros aspectos da vida cotidiana.
O local ainda tem cânions gigantescos que chegam aos 200 metros de altura, além de belíssimos platôs.
Os paredões são resultados da movimentação das placas tectônicas da Terra há cerca de 200 milhões de anos.
Pinturas Rupestres
Detalhe de pintura pré-histórica no Parque Nacional da Serra da Capivara — Foto: Celso Tavares/G1
Além dos museus, há ainda o tradicional passeio pelos paredões onde estão preservadas centenas de desenhos e pinturas feitas pelos povos pré-históricos.
De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), os vestígios se espalham de Norte à Sul do estado, cobrindo uma área de 70 cidades.
Rico em arte rupestre, o Piauí tem um dos mais importantes vestígios que ajudam a recontar a origem da humanidade a partir da pré-história.