Entre os dias 1° e 10 de abril mais 230 ucranianos devem chegar em um avião fretado ao Brasil. As informações foram confirmadas à CNN pelo pastor brasileiro Elias Dantas, fundador da Global Kingdom Partnership Network (GKPN), uma rede mundial de igrejas e pastores.
Dois grupos com quase 70 pessoas já estão em solo brasileiro pelas mesmas razões. A permanência ou não deles no território brasileiro será escolha de cada um.
Para receber esse terceiro grupo, as comunidades evangélicas responsáveis pelo acolhimento já começaram a se organizar. Dez famílias serão encaminhadas para Minas Gerais, dez para São Paulo e outras doze famílias serão divididas entre os estados do Espírito Santo e Santa Catarina.
Um grupo com pelo menos 83 ucranianos seguirá para o Paraná. O estado acolheu a primeira leva de ucranianos no Brasil que chegou no dia 18 de março. Esse novo grupo fará quarentena de 14 dias na chácara da Primeira Igreja Batista do Paraná. Após esse período, as famílias serão encaminhadas para as igrejas acolhedoras.
O missionário explica que desde o início da guerra o Itamaraty tem ajudado a GKPN a dar suporte aos ucranianos que estão fugindo dos conflitos.
“Só tenho a agradecer. A Embaixada do Brasil na Polônia tem processado todos os vistos com muita agilidade e nos dando prioridade para ajudar as pessoas que querem deixar a Ucrânia por causa da violência a se estabelecerem em nosso país “.
Apesar de tudo já estar encaminhado para a vinda desses 230 ucranianos, em cima da hora, sempre tem pessoas que desistem da escolha e permanecem na Ucrânia. Sobre elas, o pastor explica que as igrejas acolhedoras do Brasil montaram um ponto de apoio, em um centro de esqui na fronteira com a Romênia.
“O centro de esqui que fica na fronteira com a Romênia foi pensado como ponto de apoio para acolher as pessoas que escolhem ficar na Ucrânia. Ele se tornou uma espécie de resort. Já temos ucranianos vivendo provisoriamente lá. Alguns deles são crianças que ficaram órfãs. Estamos nessa região de apoio, enviando cerca de dez mil ucranianos para diversos países onde temos parcerias das igrejas, quem não quer, fica na fronteira”, detalhou Dantas.
Assim como tem sido feito com os ucranianos que já estão no Brasil, os próximos grupos terão atenção voltada para as necessidades básicas (roupas, alimentação, internet, luz, água) por até um ano.
Com ajuda de benfeitores é possível que eles sejam inseridos em um trabalho caso tenham desejo de seguir no Brasil, mesmo quando a guerra acabar.
“Se Deus quiser vamos cumprir a missão que está sendo colocada em nossas mãos”, finalizou o religioso.
CNN Brasil