O surgimento das manchas de óleo no Nordeste completa dois meses nesta quarta-feira (30), sem que a origem tenha sido identificada. Uma análise do G1, com base nos balanços divulgados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), mostra que o pico de novas manchas ocorreu em 21 de outubro, e a evolução dos registros ainda não apresenta uma tendência de queda.
Desde 16 de outubro, balanços deixaram de apresentar quantas praias estavam passando por limpeza. — Foto: Arte/G1
Juntos, os estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte tiveram 17 novos avistamentos no dia com o maior número de registros. A primeira mancha de óleo surgiu em 30 de agosto, na Paraíba. Desde então, mais de 250 locais registraram a ocorrência das manchas, incluindo ao menos 12 unidades de conservação – locais delimitados para proteger a flora e a fauna, e contribuir para a preservação das espécies.
Infográfico mostra o aparecimento de novas manchas, por dia, e aponta o pico com mais registros: 21 de outubro — Foto: Arte/G1
Manchas de óleo no Nordeste: infográfico mostra a situação, em 28 de outubro, das praias atingidas pelas manchas de óleo. A maior parte delas contêm manchas esparsas de petróleo cru. — Foto: Infografia/G1
Tartarugas, aves e peixes foram encontrados cobertos pelo óleo, alguns deles mortos, de acordo com o Ibama. A contaminação já afeta a saúde de voluntários, que ajudam na limpeza das praias. Em meio à crise, o governo federal vem sendo criticado pela demora no combate ao desastre natural.
O G1 elencou abaixo os principais pontos sobre o surgimento das manchas no litoral e como o governo está combatendo o problema.
Entenda as manchas de óleo no Nordeste em 5 pontos
1 – Abrangência dos casos
O primeiro registro aconteceu em 30 de agosto, nas praias de Jacumã e Tambaba, no município de Conde, na Paraíba
O que parecia ser uma poluição localizada foi se tornando mais abrangente nos dias seguintes. Na segunda semana, seis estados já tinham registro de óleo. Na terceira semana, as manchas se concentraram em grande quantidade no Rio Grande do Norte, levadas pela dinâmica das correntes marítimas da região. Na quarta semana, as mancha