O ministro de Desenvolvimento Social, Wellington Dias, disse nesta quinta-feira (12) que o governo deve criar um auxílio emergencial para pescadores atingidos pela seca.
Segundo ele, o governo está estudando uma forma de antecipar o “Seguro Defeso”, que é um benefício dado a pessoas que vivem da pesca artesanal durante o período em que não podem realizar suas atividades devido à piracema.
O Brasil vive a maior seca da história e a estiagem, que afeta o país inteiro, é ainda pior na região Norte. Ainda de acordo com Dias, mais de 90 mil pessoas devem ser atendidas com esse auxílio emergencialdurante dois meses.
Comunidades isoladas em Parintins devido à seca
“De um lado, a gente já está antecipando o calendário para o pagamento do Bolsa Família […] só para o estado do Amazonas de R$ 494 milhões para o primeiro dia, dia 17 [de setembro], próxima terça-feira”, sinalizou o ministro.
“A exemplo do ano passado, está sendo estudada essa proposta do auxílio emergencial. Ele é uma antecipação do Seguro Defeso […]. Nesse caso, não pode pescar porque as águas baixaram, não tem peixe ali naquela região. Então, ali se faz uma espécie de antecipação do Seguro Defeso com o nome de auxílio emergencial, que é o que legalmente é possível para situações como essa”, argumentou.
Dias afirmou também que a medida tem a ver com o novo momento climático do Brasil, que castiga várias regiões do território.
Portanto, o auxílio valerá tanto para os estados da região Norte, afetados com a seca, como Amazonas, Acre, Rondônia, Pará e Amapá, quanto para estados da regiões do Sul, como Paraná e Rio Grande do Sul.
“Estamos vendo que estamos em um novo momento climático — ora com enchente, ora com seca — que atinge as várias regiões do Brasil. A mudança climática é uma realidade, ninguém pode mais esconder”, completou Dias.
G1