Em delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), disse ter entregue, ao então chefe do Executivo, US$ 18 mil, após vender as joias de Bolsonaro nos Estados Unidos.
Segundo Cid, ele retirou do montante obtido pela venda dos itens apenas o custo das passagens aéreas e repassou os US$ 18 mil, valor incompleto do que havia sido comercializado.
Isso porque, de acordo com a delação, o saque do montante completo seria fracionado para não levantar suspeitas. O valor total, após vender relógios e o kit de joias, era de US$ 86 mil.
Foram vendidos:
- Kit de joias em ouro branco, presente da Arábia Saudita
- Relógio Rolex, presente da Arábia Saudita
- Relógio Patek Philippe, presente recebido em viagem ao Bahrein
Processo e multa
Segundo Cid, no começo de 2022, Bolsonaro estava “reclamando dos pagamentos” do litígio da condenação judicial no caso da deputada federal Maria do Rosário (PT).
Além disso, o então presidente se queixou dos gastos de “mudanças e transporte do acervo que deveria arcar, além de multas de trânsito por não usar o capacete nas motociatas”.
Para o então auxiliar, a ideia de vender os itens teria vindo desse problema financeiro.
G1