Ilustração feita pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, mostra a morfologia do novo coronavírus, conhecido cientificamente como 2019-nCoV — Foto: Alissa Eckert, MS; Dan Higgins, MAM/CDC/Handout via Reuters
A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu nesta terça-feira (11) que a doença respiratória provocada pela infecção do novo coronavírus deverá ser chamada de COVID-19. Até então, a agência de saúde da ONU usava o nome temporário de 2019-nCoV.
A nomenclatura segue diretrizes internacionais que pedem para não se fazer referência a uma localização geográfica, um animal, um indivíduo ou grupo de pessoas. As regras pedem também que o nome seja pronunciável e que estabeleçam alguma relação com a doença.
“Ter um nome é importante para impedir o uso de outros nomes que podem ser imprecisos ou estigmatizantes”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Com a falta de uma identificação oficial, alguns veículos internacionais descreviam a doença como “coronavírus de Wuhan”.
O nome do vírus não foi definido pela organização. Segundo uma porta-voz da agência, ele será batizado por um grupo internacional de virologistas que identificarão a taxonomia deste coronavírus, que pertence a um grupo já conhecido anteriormente.
Destaques do surto nesta terça
- Número de mortes na China passa de mil
- Casos confirmados chegam a 43 mil
- No Brasil, nenhum caso foi confirmado e há sete suspeitos
- China demite autoridades em meio a indignação popular
- Especialista chinês alerta para pico da doença
- No Japão, cruzeiro tem 135 pessoas infectadas; brasileiro relata clima tenso
O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (10) que sete casos suspeitos de novo coronavírus são investigados no Brasil. Desde o começo dos alertas, o Brasil já descartou 32 casos suspeitos.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reafirmou nesta segunda que o mais provável é que a circulação do vírus ocorra no Brasil. Ele avalia que a China atualmente mantém uma forte contenção da circulação das pessoas nas áreas mais afetadas pela epidemia, mas que talvez essa não seja uma estratégia “viável” a longo prazo.
“Falam em 85% de contenção da circulação de pessoas. Mas isso não é viável por muito tempo. Até quando isso vai se sustentar, está muito cedo para dizer. É possível que vá chegar no Brasil. E é provável.” – Mandetta, ministro da SaúdeG1