O Senado aprovou nesta quarta-feira (15) em primeiro turno, por 58 votos a 21, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que cria o chamado “orçamento de guerra“, destinado exclusivamente a ações de combate à pandemia de coronavírus.
Após a aprovação, em sessão remota, os senadores passaram a discutir a votação de destaques apresentados à PEC, isto é, propostas para modificar a redação. Esta etapa não havia sido concluída até a última atualização desta reportagem.
A PEC já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, mas, quando a votação da PEC for concluída no Senado, o texto retornará à Câmara.
Isso porque o relator no Senado, Antonio Anastasia (PSD-MG), modificou alguns pontosdo texto aprovado pelos deputados.
O objetivo da PEC é separar do Orçamento-Geral da União os gastos emergenciais para conter os danos causados pela Covid-19 no Brasil. Na prática, o objetivo é não gerar impacto fiscal em um momento de desaceleração da economia.
PEC do orçamento de guerra é um dos assuntos em destaque em Brasília
O texto aprovado autoriza o governo a gastar recursos, desde que destinados ao combate da Covid-19, sem as “amarras” do orçamento regular.
Uma das “amarras” é a “regra de ouro“. A regra está na Constituição e proíbe o governo de contrair dívidas para pagar despesas correntes, como salários.
Quando a PEC entrar em vigor, o governo poderá adotar processos simplificados de compras, contratação de pessoal, execução de obras e serviços, “que assegurem, quando possível, competição e igualdade de condições a todos os concorrentes”.
A proposta também prevê que o “orçamento de guerra” não precisará cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
g1