O militar Eduardo Pazuello, indicado para assumir o posto de secretário-executivo no Ministério da Saúde, elogiou nesta segunda-feira (27) o planejamento da pasta para o enfrentamento da Covid-19, mas disse que há um primeiro ajuste a ser feito.
Ele defendeu a “não-linearidade” na adoções de medidas de distanciamento social nas diversas localidades do Brasil. Isso significa que, segundo o militar, as recomendações do ministério devem ser direcionadas e específicas para cada realidade.
Em decisão do ministro Alexandre de Moraes, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o governo federal não pode derrubar decisões de estados e municípios sobre isolamento social, quarentena, atividades de ensino, restrições ao comércio e à circulação de pessoas.
O general fez uma breve avaliação do trabalho já desenvolvido no ministério e sinalizou apoio a medidas específicas para cada estado.
“O trabalho efetuado até agora pelo Ministério da Saúde e sua equipe de secretarias é excepcional. E o planejamento já foi feito e agora nós temos a conduta” – Eduardo Pazuello, indicado ao cargo de secretário-executivo
“Precisamos ajustar a “não-linearidade” para cada região, para cada estado, para cada município. Cada um tem as suas diferenças, cada um tem seus resultados, em alguns lugares o isolamento dá resultado, em outros lugares o isolamento não deu tanto resultado. Em alguns lugares o vírus chegou e em outros lugares o vírus não chegou. Não podemos falar de Brasil com a simplicidade que eu tenho lido em várias matérias que tenho lido”, disse o general do Exército.
“Onde precisa ter algum grau ainda de isolamento, grau de distanciamento, precisa ter também, muito especificamente para cada lugar. A palavra-chave é a não-linearidade. Cento e noventa e um municípios tiveram óbitos, são 5,6 mil municípios no nosso país. O nosso país, repito, é um continente de 210 milhões de habitantes, maior do que a Europa inúmeras vezes” – Eduardo Pazuello
O ministro da Saúde, Nelson Teich, disse o ministério analisa um pedido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para a realização de jogos sem público. Segundo Teich, a iniciativa, ainda em análise, é parte daquelas que “de alguma forma, poderiam trazer “um dia a dia melhor para as pessoas”.
“Todas as coisas que a gente puder fazer com segurança fazer pra que de alguma forma o dia a dia das pessoas fique melhor, a gente vai avaliar.” – Nelson Teich