A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniu nesta segunda-feira (4) com o laboratório Precisa Farmacêutica, representante da empresa indiana Bharat Biotech no Brasil. Durante a reunião, de acordo com a nota divulgada pela reguladora, alguns pontos foram esclarecidos e a farmacêutica disse que “ainda vai definir a estratégia para o Brasil”.
A Bharat Biotech é a desenvolvedora da vacina Covaxin, que teve o uso emergencial aprovado na Índia neste domingo (3). No mesmo dia, a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) informou que negociacom o laboratório indiano a compra de cinco milhões de doses do imunizante contra a Covid-19 para clínicas particulares.
A vacina está na fase 3 de testes na Índia, etapa em que a eficácia é verificada. Os primeiros estudos clínicos mostraram que o imunizante não gera efeitos colaterais graves e produz anticorpos contra a Covid-19. Segundo o presidente da ABCVAC, Geraldo Barbosa, a expectativa é que o resultado da última fase dos testes saia em janeiro.
A Anvisa disse que a reunião desta segunda-feira tinha como objetivo esclarecer informações sobre o uso emergencial e o registro definitivo. A agência brasileira explicou que a empresa ainda não fez nenhum dos pedidos, sendo que o emergencial não pode ser solicitado porque a Covaxin não está em testes no Brasil, um dos pré-requisitos.
“Não foi solicitada autorização de uso emergencial ou registro para sua vacina. A norma do uso emergencial prevê que a vacina esteja em teste do país para ser autorizada, o que não acontece no momento para a vacina da Bharat Biotech. Para empresas que não desenvolveram pesquisa no Brasil, a regularização da vacina deve ser feita por meio do registro definitivo”, informou a Anvisa.
G1