De máscara, o personagem Zé Gotinha foi escalado para aparecer nesta quarta-feira (24) em um evento organizado pelo Ministério da Saúde. Ele é o símbolo do Programa Nacional de Imunizações (PNI), mas apesar de ser uma referência para os brasileiros, suas aparições sob a gestão do governo Bolsonaro foram raras. Em uma das mais recentes, ele esteve em aeroporto no Rio de Janeiro para receber o avião que trouxe 2 milhões de doses da vacina de Oxford contra Covid-19 ao Brasil.
A ausência do personagem durante a pandemia ganhou um novo capítulo após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva questionar a ausência do mascote em discurso realizado em 10 de março. “Cadê o Zé Gotinha? Cadê o nosso querido Zé Gotinha? Bolsonaro mandou embora porque pensou que era petista”, disse Lula. Dois dias depois, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) publicou nas redes sociais uma imagem do mascote segurando um fuzil em forma de seringa.
O post de Eduardo foi criticado por Darlan Rosa, criador do personagem há 35 anos. “Zé Gotinha empunhando uma metralhadora é o pior exemplo”, disse Rosa.
Sem uma campanha publicitária orientando os brasileiros sobre a vacinação contra a Covid-19, o personagem não tem sido visto pelos brasileiros. Além do evento com Pazuello no Rio, Zé Gotinha esteve em dezembro no evento de lançamento do “Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19”.
Bolsonaro e Zé Gotinha — Foto: Reprodução/Globonews