Manifestações contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ocorrem em diversas capitais e cidades brasileiras neste domingo (12).
Os atos, que começaram ainda de manhã, pedem o impeachment de Bolsonaro e cobram por mais vacinas contra a Covid-19.
Sob o mote “Fora Bolsonaro”, os protestos estão previstos para 19 capitais ao longo deste domingo. As articulações e adesões em torno das movimentações de hoje começaram em paralelo à organização das manifestações de 7 de Setembro, que foram a favor do presidente.
Na Avenida Paulista, em São Paulo, os manifestantes começaram a se concentrar nas imediações do Museu de Arte de São Paulo (Masp) às 11h. Por volta das 15h, o ato na Paulista se dividia em três grupos, que carregam bandeiras e faixas contrárias ao governo.
O grupo principal está reunido no Masp e usa camisetas brancas. Outros dois grupos estão espalhados em outros pontos da avenida – a manifestação divide espaço com pedestres e turistas que caminham na Paulista fechada para carros.
Em Brasília, o ato conta com a participação de aproximadamente 20 pessoas, que se concentram próximas à Biblioteca Nacional. O grupo carregava faixas de apoio ao impeachment e cobrava o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
No Rio de Janeiro, os manifestantes se concentraram em Copacabana, na zona sul, ao lado de um carro de som a partir das 10h. No começo da tarde, o ato já havia sido encerrado.
Os presentes utilizaram camisas brancas e pretas, além de empenharem bandeiras e cartazes. Um carro de som foi usado no protesto. O objetivo, segundo os organizadores, era a defesa a democracia. Além do impeachment de Bolsonaro, havia também cobrança por mais vacinas contra a Covid-19.
Em Salvador, Manaus e Belo Horizonte, os atos aconteceram a partir das 8h, mas também já estavam dispersos no começo da tarde.
Na capital mineira, o ato ficou concentrado na Praça da Liberdade, região central, e foi encerrado por volta de 12h50. Manifestantes carregavam bandeiras de partidos políticos e cartazes contra o governo – um carro de som também esteve no local.
Atos convocados em Florianópolis, Curitiba e Goiânia começaram por volta das 10h e devem seguir até 18h. Em Porto Alegre, a manifestação contra o governo deve acontecer a partir das 13h.
Os protestos são organizados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelos grupos Vem Pra Rua e Livres. A articulação atraiu o apoio de políticos de direita, de centro e de esquerda, mas ainda divide a oposição.
O Partido dos Trabalhadores (PT) e outras legendas de esquerda não aderiram aos protestos deste domingo e organizam outros atos contra o governo. A direção do PT já anunciou uma manifestação contra Bolsonaro para 2 de outubro.
Na Avenida Paulista, políticos de diferentes espectros devem comparecer.
O MBL divulgou a presença do ex-ministro Ciro Gomes, candidato a presidente pelo PDT em 2018, e do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), que deixou o governo nos primeiros meses da pandemia do coronavírus.
Além de líderes do grupo, como o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), devem participar dos atos o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Simone Tebet (MDB-MS), os deputados federais Alessandro Molon (PSB-RJ), Orlando Silva (PCdoB-SP) e Tabata Amaral (sem partido-SP), e João Amoedo, que foi candidato a presidente pelo Novo em 2018.
*Com informações de Isabelle Saleme, Caroline Louise e Lucas Janone, Gustavo Zucchi, da CNN, no Rio de Janeiro, em Brasília e Belo Horizonte