A Ucrânia acusa a Rússia de violar o cessar-fogo e anunciou o adiamento da retirada de civis de Mariupol neste sábado (5). Na madrugada deste sábado o ministério da Defesa da Rússia anunciou, o cessar-fogo nas cidades ucranianas de Mariupol e Volnovakhapara permitir a liberação de corredores humanitários para a fuga de civis. Mas, Pavlo Kyrylenko, governador da região de Donetsk, no leste ucraniano, publicou em seu perfil no Twitter às 12h45, no horário local: “EVACUAÇÃO DA POPULAÇÃO PACÍFICA DE MARIUPOL ADIADA!”
“Devido ao fato de que os russos não observam o regime de silêncio e continuam bombardeando Mariupol e seus arredores, por razões de segurança, a evacuação da população foi adiada”, acrescentou.
Equipes e voluntários correm contra o tempo para conseguir retirar os moradores das duas cidades. A situação nas cidades é “assustadora”, disse uma voluntária à CNN.
De acordo com o governo russo, a interrupção dos ataques e bombardeios teve início às 10h no horário de Moscou (04h pelo horário de Brasília), e servirá para que civis fujam da Ucrânia com segurança.
Este é, até o momento, o primeiro cessar-fogo feito pelo exército da Rússia desde que as tropas do país começaram a invasão da Ucrânia no dia 24 de fevereiro.
Em comunicado, o ministério de Defesa russo afirmou que os “corredores humanitários e rotas de saída foram acordados com o lado ucraniano”. Mykhailo Podoliak, chefe do gabinete do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou que os corredores de evacuação estão sendo preparados em regiões do país.
Autoridades da cidade disseram que os dois lados concordaram que os ucranianos terão cinco horas para cruzarem os corredores humanitários enquanto os disparos estiverem interrompidos.
Na última quinta-feira (3), em um encontro para negociações entre os dois países, representantes da Ucrânia e da Rússia já haviam concordado com os corredores humanitários — locais que não seriam alvos de ataques russos e serviriam para a passagem de refugiados e recursos.
CNN Brasil