Em mais uma etapa da construção da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, membros do G20, países convidados e organismos internacionais conheceram, com mais detalhes, as principais ações e programas de enfrentamento à insegurança alimentar e à pobreza no Brasil. A iniciativa fez parte do evento Brasil Sem Fome, que ocorreu nesta quarta-feira (20) no Palácio do Itamaraty, em Brasília (DF), no âmbito da primeira reunião presencial da Força-Tarefa para construção da Aliança.
“O estabelecimento dessa iniciativa, materializando a visão direta do presidente Lula, com os aportes, ajustes e apoio de todos vocês, será um forte avanço no caminho para acelerar os esforços para eliminar a fome, a má nutrição e a pobreza extrema, reduzindo desigualdades e caminhando para uma transição justa e inclusiva rumo a um futuro sustentável, atingindo os ODS 1 e 2”, afirmou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome Social, Wellington Dias.
Ao longo do encontro, secretários da Pasta traçaram histórico das políticas públicas e apresentaram os principais programas implementados. A secretária nacional de Renda de Cidadania, Eliane Aquino, lembrou que o Bolsa Família, que contempla mais de 20 milhões de famílias, acumula histórias de superação da pobreza e de inclusão pela educação ao longo dos seus mais de 20 anos de existência.
O estabelecimento da Aliança Global, com os aportes, ajustes e apoio de todos vocês, será um forte avanço no caminho para acelerar os esforços para eliminar a fome, a má nutrição e a pobreza extrema”
ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome Social, Wellington Dias
“Nós queremos mais do que apenas transferência de renda, queremos que famílias tenham acesso à educação, à saúde. O Bolsa Família é fundamental para essa transformação”, disse. “Queremos estreitar parcerias, trocar experiências e estamos à disposição para que consigamos realmente diminuir a pobreza, a fome e a desigualdade” , completou Aquino.
Já a secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity apresentou ao público o Programa Brasil Sem Fome, que reúne ações de 24 ministérios para o combate à fome, redução da pobreza e garantia da segurança alimentar e nutricional. “A Aliança Global propõe uma cesta de experiências bem-sucedidas nessa área no mundo. Aqui, o Brasil Sem Fome é uma experiência que mostra que uma cesta de políticas públicas integradas é o que de fato pode tirar o país do mapa da fome e garantir a alimentação como um direito para uma população”, concluiu.
A ministra interina das Relações Exteriores, embaixadora Maria Laura da Rocha, falou do combate a fome como ação prioritária do governo e afirmou contar com o apoio das delegações presentes “para dar corpo à iniciativa e para tornar a Aliança um instrumento efetivo para implementar os ODS 1 e 2″, que visam a erradicação da fome e da pobreza.”É essencial intensificar esforços coletivos por compromissos políticos e ações completas que possam transformar a realidade de milhões de pessoas ao redor do mundo, a Aliança é um chamado coletivo à mudança”, pontuou.
Também presente no evento, o representante do Ministério da Fazenda Guilherme Mello enfatizou a necessidade de reinventar uma nova globalização com vistas a um futuro com desenvolvimento econômico, sustentável e social. “Precisamos agir de forma coordenada e o combate à fome é parte dessa nova globalização. Essa iniciativa tem significado não apenas histórico, mas também moral e filosófico”, disse .
Aliança Global
A proposta da Aliança, aberta a todos os países, vai no sentido de formar uma cesta com políticas públicas de combate à fome e à miséria bem-sucedidas do Brasil e de diversas outras regiões do mundo. A iniciativa visa estabelecer um mecanismo prático para mobilizar recursos financeiros e conhecimento de onde são mais abundantes e canalizá-los para onde são mais necessários, apoiando a implementação e a ampliação da escala de ações, políticas e programas no nível nacional.
Entre os objetivos, estão os de evitar a duplicação de esforços e de dar o impulso político necessário para mobilizar os fundos e mecanismos existentes e melhor organizá-los em torno de dois princípios: o foco nos mais pobres e vulneráveis; e a implementação consistente de políticas nacionais.
A abordagem brasileira para a Aliança teve apoio unânime durante a primeira reunião técnica da Força-Tarefa que reuniu cerca de 200 participantes, entre países membros do G20, convidados e organismos internacionais, entre os dias 21 e 23 de fevereiro por videoconferência. Os trabalhos da Força-Tarefa terão continuidade ao longo do ano. A expectativa é que a Aliança seja lançada no fim do ano, durante a Cúpula do G20, no Rio de Janeiro.
Assessoria de Comunicação – MDS