O presidente Jair Bolsonaro descarga na Itália para participar no fim de semana da reunião de cúpula do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo.
O G20 reúne 19 países e a União Europeia. Os integrantes são responsáveis por cerca de 80% da produção econômica global e por 75% do comércio e exportações.
Em 2020, o encontro dos chefes de estado foi realizado por videoconferência, em razão da pandemia de Covid-19. Neste ano, o evento voltou a ser presencial. As reuniões do grupo ocorrem anualmente e são organizadas por um integrante. Neste ano, a Itália comanda o encontro.
As reuniões estão marcadas para sábado (30) e domingo (31). Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro tem 12 prioridades para debater, as quais estão divididas em áreas como saúde, comércio e meio-ambiente.
O acesso de países mais pobres às vacinas contra Covid-19 está na pauta da comitiva brasileira. Bolsonaro foi o único líder dos países do G20 que viajou à Assembleia-Geral da ONU, no mês passado em Nova York, sem ter se vacinado.
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Entre os principais temas a serem discutidos durante a cúpula estão as mudanças climáticas e a retomada da economia após a pandemia.
As discussões na área ambiental tendem a passar por ações de preservação e redução de emissões, já que a cúpula ocorre no mesmo fim de semana em que se iniciam as negociações da COP 26, na Escócia.
COP é a sigla para Conferência das Partes — encontro anual que reúne 197 nações para discutir as mudanças climáticas e como os países pretendem combatê-la. Bolsonaro não deve viajar a Glasgow e caberá ao ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, liderar a comitiva brasileira. O governo Bolsonaro é criticado pelas ações que dificultaram a fiscalização à crimes ambientais, em especial na Amazônia.
Neste ano, a maioria dos países vai submeter seus planos de redução de emissões, portanto será possível avaliar se o mundo está no caminho para alcançar a meta do Acordo de Paris. Durante as duas semanas da COP 26, são esperados novos anúncios de medidas.
Bolsonaro tem previsão de chegar à Roma nesta sexta-feira (29) e de retornar ao Brasil na próxima terça-feira (2). Há expectativa de que Bolsonaro tenha uma reunião com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, no Palácio do Quirinal, em Roma.
Em Pádua, o presidente deve participar de uma cerimônia para receber o título de cidadão honorário de Anguillara Veneta, onde nasceu um bisavô de Bolsonaro.
Anguillara Veneta fica a 80 quilômetros de Veneza, tem cerca de 4 mil habitantes e deve receber uma visita do presidente. A concessão da homenagem foi criticada por ativistas e grupos religiosos.
Bolsonaro também deve participar de uma cerimônia na próxima terça-feira (2) na cidade de Pistoia, onde estão enterrados soldados brasileiros que lutaram na região durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) a favor dos países aliados e contra as nazistas.
fonte :g1